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sábado, 27 de novembro de 2010

Resenhas rosas: Procura-se um duque

Procura-se um duque - Celeste Bradley

Desperately Seeking a Duke (Class Historicos 417 ) -- Serie Heiress Brides - Book 1 /3

(Começando hoje uma nova coluna no blog, para comentar os livros românticos que tenho lido. Espero que gostem!)

O livro promete ser leve, engraçado e irônico, afinal, logo quando começa a trama, nos deparamos com a protagonista dizendo que se apaixonou pelo traseiro de um homem - porém, esse traseiro e o senso de humor do livro somem, para serem soterrados pelo tipico dramalhão da mulher que precisa se casar com o homem que não ama para manter sua honra e o prestígio da família.

A história se passa no começo do século XIX. Phoebe, a filha de um vigário de uma paróquia distante (a Igreja anglicana permite o casamento dos seus clerigos), é uma das três jovens que disputam a herança de um velho antepassado excêntrico. Sir Pickering, um plebeu que se elevou a nobreza por seus próprios méritos - ou seja, comprou o titulo - determina que sua fortuna irá ser da descendente de suas filhas que primeiro se casar com um duque. E se depois de três gerações isso não acontecer, o dinheiro irá para... contrabandistas.

Louco, o velhote, não?

Então, nossa destemida heroína vai para Londres participar da temporada de caça... ao marido. A boa sociedade inglesa costumava se reunir durante a Primavera para tratar dos casamentos dos seus herdeiros. E ao contrário do que esses livros dão a entender, dificilmente lindos casos de amor com finais felizes começavam ali. Era tudo um tipo de Bolsa de Valores, em que todo o entorno de cada pretendente é avaliado.

Mas Phoebe não está sozinha nessa empreitada. Divide uma casa aluga em Londres com duas primas, Sophie, a intelectual deselegante, e Deirdre, a mulher fatal, que sofre nas mãos da madrasta malvada. E justo no seu primeiro baile, Phoebe, a pobre menina do campo, encontra o seu homem.

Raphael Marbrook é um bastardo de passado nefasto que se arrependeu e decidiu viver de forma honesta para tentar ganhar a confiança de seu irmão, o Marquês de Brookhaven. Porém, ao acompanhar seu meio-irmão num evento social no qual este procura uma segunda esposa, se encanta com a jovem Phoebe.

Só que naquelas reviravoltas do destino, quem acaba propondo casamento a jovem é Calder, o Marquês que em breve irá tornar-se duque. Phoebe aceita, achando que quem pediu foi o seu principe - que vejam só, ainda por cima seria duque em breve!

Quem gosta desse tipo de livro já sabe mais ou menos o enredo que vai vir daqui: a tentativa dos dois enamorados de tentar esconder seus sentimentos, os obstaculos que surgem, o conflito entre honra e amor, o final feliz.

Só que pra funcionar, essa história precisa ter protagonistas que façam você torcer por eles. Isso aqui não acontece. Phoebe é irritantemente voluvel e complicadinha e Raphael não parece vivo, parece mais um modelo do bonitão-canalha-mas-arrependido que acompanha os bastardos nesse tipo de trama.

Além do mais, o marquês muda a toda hora, parecendo não ter personalidade própria. O vigário, pai da mocinha, é completamente incoerente e a grande vilã não tem força. A trama da herança fica muito rocambolesca no final, com direito a explicações bizarras sobre o passado negro de Phoebe.

As cenas de sexo se pautam pelo padrão, mas sinceramente... desde quando os homens dos séculos passados se tornaram tão aficcionados em fazer sexo oral em suas parceiras? Essa é uma questão intrigante, já que até hoje, muitos relutam em colocar a boca lá.

Tinha ouvido falar bem da série (sim, as duas primas tem seus próprios livros), mas não sei se vou querer continuar lendo.

Um comentário:

  1. Oi, Cristina, a temática é bastante interessante. Sou suspeito, pois curto muito livros e fimles que tenham como época o século XIX. Mas quanto ao sexo oral, acho que essa prática prescindo épocas...rs...
    1 abraço e 1 beijo,

    the Osmar

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